sexta-feira, 5 de junho de 2009

AGRICULTURA BIOLÓGICA - 1ª Parte


- Uma Escolha Consciente -

“A agricultura biológica é um sistema de produção holístico, que promove a melhoria da saúde do ecossistema agrícola, ao fomentar a biodiversidade, os ciclos biológicos e a actividade agrícola do solo. Privilegia o uso de boas práticas de gestão da exploração agrícola, em lugar do recurso a factores de produção externos, tendo em conta que os sistemas de produção devem ser adaptados às condições regionais. Isto é conseguido, sempre que possível, através do uso de métodos culturais, biológicos e mecânicos em detrimento da utilização de materiais sintéticos.” (Organização Mundial de Saúde e Organização para a Agricultura e Alimentação das Nações Unidas, in Codex Alimentarius Comission, 1999.)

A agricultura biológica compreende uma forma de produção agrícola, animal e vegetal, em que a natureza é tida como um TODO, no qual o respeito integral pela natureza e pelo ser humano (parte integrante da natureza) são tidas em comunhão. É respeitada, assim, a forma natural dos ecossistemas e da biodiversidade, permitindo a produção de animais e vegetais o mais natural possível. Tal, permite-nos a autenticidade dos alimentos, em termos de cor, sabor e constituição dos alimentos, já que chegam a nós da forma como a natureza os produz.
Com a revolução industrial, a agricultura, outrora biológica, sofreu as pressões de ser mais rentável, crescendo rapidamente, permitindo-nos, até aos dias de hoje, termos qualquer alimento, em grande quantidade e em qualquer época do ano. Assim é, que quando vamos ao supermercado temos a mesma variedade de frutas e legumes tanto no Inverno como no Verão. Tal, deve-se à produção controlada e em série da agricultura convencional. Privilegiou-se ao longo de todos estes anos, de agricultura tradicional com aditivos, a quantidade e não a qualidade. Certo muitos de vós, terão consciência, do quão rápido cresce uma galinha hoje em dia ou uma simples alface. Lembram-se como era há uns vinte/trinta anos atrás? O recurso a substâncias químicas, como fertilizantes, adubos químicos, pesticidas, herbicidas, antibióticos permitiu-nos controlar a produção de alimentos, massificando e aumentando a sua disponibilidade para cada um de nós. Nada de errado haveria neste facto, se a natureza não estivesse cada vez mais afectada, se as águas não estivessem cada vez mais contaminadas, se o ar não estivesse cada vez mais poluído, se espécies animais e vegetais, com papéis tão importantes na natureza, não estivessem cada vez mais extintas e se a nossa saúde não estivesse cada vez mais debilitada. Infelizmente da pior maneira e talvez tardiamente, a consciência veio a si e urge tomarem-se medidas no sentido de garantirmos às gerações mais novas, o acesso a um planeta e uma vida saudáveis. Somos nós, mais velhos, exemplos para os mais novos e co-responsáveis da situação do planeta actual. Temos de mudar mentalidades e hábitos tornando-nos verdadeiros amigos e dinamizadores de um crescimento e desenvolvimento saudável dos nossos filhos, netos e sociedade, no geral. Os alimentos de origem biológica são considerados autênticos, devido a serem produzidos de forma natural. Alguns estudos afirmam que os alimentos biológicos possuem mais vitaminas e minerais, mas deve-se referir que estas características variam de acordo com o tipo de solo, variação climática, sistema de irrigação, genética da planta e a práticas de transporte e manuseamento. A grande garantia que temos é de que estamos a consumir um alimento sem químicos alimentares, o que no caso das carnes, nos garante animais livres de hormonas, livres de rações contaminadas, que têm espaço livre para pastar e se movimentar. A agricultura biológica ou orgânica (como é referida em alguns países) segue princípios fundamentais como a limitação rigorosa dos aditivos e auxiliares tecnológicos, limitação dos elementos químicos sintetizados, como pesticidas, fertilizantes sintéticos e antibióticos e a proibição de organismos geneticamente modificados, os famosos OGM.

Nota: Termina a 25 de Junho, o concurso europeu (aberto a todos os cidadãos europeus inscritos numa instituição do ensino superior de arte ou design com sede num dos países da UE) para a concepção de um novo logótipo europeu original e atractivo para a Agricultura Biológica.


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